Sobre

IV Seminário Patrimônio Sacro
De 8 a 10 de novembro de 2018
Mosteiro de São Bento, Ordem Terceira do Carmo, São Paulo, Brasil

A arquitetura e a arte sacra modernas são o reflexo de todas as diretrizes da Igreja renovada desde o final do século XIX. Proclamada a República, a Igreja buscou novos caminhos optando, para a construção de seus templos, o ecletismo com preferência ao neogótico – relembrando a Igreja medieval e as românicas. Com a chegada de novas ordens religiosas ao Brasil, ampliou-se este cenário até os anos 1930 quando os arquitetos se voltam ao estilo neocolonial americano, tão utilizado nas construções de igrejas, seminários e colégios. Esta época coincide com arte moderna, iniciada na Semana de Arte Moderna (1922), e o Neocolonial estende-se até os anos 40 – quando os pintores modernos, como os do Grupo Santa Helena, decoram os templos paulistanos com afrescos.

Com a construção da Capela da Pampulha (1942), em Belo Horizonte com pinturas de Portinari, o mundo crítico de arte volta-se para a arquitetura de Niemeyer, tendo a construção da Catedral de Brasília como símbolo máximo da arte sacra do século modernista. A arte sacra paulista aderiu a esta tendência a partir de 1953 com a construção da Igreja de São Domingos nas Perdizes. As artes plásticas uniram-se em templos simbólicos, como a igreja do Cristo Operário, com uma plêiade de artistas trabalharam juntos, tal como ocorrera com Portinari e o grupo Osirarte.

Em toda a América Latina a Igreja tomou novos rumos, ampliando a religiosidade popular em meio às atribulações de movimentos sociais do século modernista. Assim, a persistência das artes populares como expressão da religiosidade torna-se fundamental para a compreensão da arte latino americano.

Este Seminário, o quarto organizado pelo Grupo de Pesquisa Barroco Memória Viva do Instituto de Artes da UNESP, coordenado pelo Prof. Dr. Percival Tirapeli, traz, em co-promoção com a Faculdade São Bento, aspectos relevantes do patrimônio sacro na cidade de São Paulo, dos tempos coloniais ao moderno.

Promoção
O Grupo de Pesquisas Barroco Memória Viva do Instituto de Artes da UNESP, com o apoio decisivo das Faculdade e do Mosteiro de São Bento, realizou a primeira edição de seu Seminário Internacional Patrimônio Sacro em 2013, abordando o período colonial e o barroco no Brasil e na América Latina. Em 2015 foi a vez da segunda edição, contemplando o século XIX. Naquele evento, lançamos o livro Patrimônio Sacro na América Latina – arquitetura, arte e cultura, com o apoio da UNESP, da FAU-USP, da Arte Integrada, da ASSEER, contendo os artigos referentes ao período barroco, que se esgotou rapidamente. Neste terceiro evento, de 26 a 29 de julho, o Grupo, com apoiadores, lançará o livro Patrimônio Sacro na América Latina - Arquitetura | Arte | Cultura no Século XIX, volume contendo 22 artigos.